Estudantes criam chiclete e levam principal prêmio da NASA
18/07/2019 15:56 em Tecnologia

A equipe Gametech do Sesi de Goiás foi a campeã em uma competição na Virgínia nos Estados Unidos, onde fica a Universidade da NASA, a agência espacial americana. Os sete estudantes que compõem a equipe, sob a orientação dos professores Harumi Vitoria Fukuchima e Flamarion Gonçalves Moreira, receberam o seguinte desafio em agosto do ano passado: criar uma solução para o bem-estar dos astronautas no espaço.

Os brasileiros disputaram com 70 equipes de 12 países e levaram o prêmio da categoria principal. A pesquisa começou em agosto. “O primeiro passo foi entender quais os problemas que os astronautas enfrentam no espaço, percebemos que eles não sentem o sabor dos alimentos”, diz o estudante Kairo Gabriel Ceciliano Silva, de 16 anos.

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No espaço, os astronautas recebem uma alimentação especial, mas não sentem o sabor daquilo que comem. Durante o período de pesquisa, os estudantes brasileiros descobriram que os alimentos termogênicos, como a pimenta, possuem uma substância responsável pelo ardor e que faz uma desobstrução nasal, permitindo que o cérebro capte as moléculas e perceba os sabores. “Os astronautas já levam para o espaço um chiclete, o que fizemos foi desenvolver o sabor de pimenta”, explica Kairo.

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Como uma equipe de robótica desenvolveu um chiclete? Na verdade, a competição avalia os estudantes em três níveis. A primeira análise está no comportamento, se o grupo consegue trabalhar em equipe e se os estudantes sabem se comunicar e se organizar. “Eles valorizam a competição amigável entre as equipes e o trabalho colaborativo”, explica do estudante.

 

O segundo ponto observado é o desenvolvimento de um robô feito com peças de Lego. “Temos dois minutos e meio para desenvolver o robô, além da agilidade é avaliado o design, o processo de criação e a programação.”

Por fim, a última etapa consiste em um desafio que deve ser respondido de forma criativa e funcional pelos estudantes. No caso, a criação do chiclete de pimenta.

Para o estudante Felipe Caetano Valverde, de 16 anos, foi uma oportunidade única.

“Foi a primeira vez que viajei para o exterior e a experiência teve um impacto muito positivo na minha vida, percebo que estou mais desenvolto, trabalhamos em equipe, como uma família”, diz o jovem que sonha em cursar uma faculdade de engenharia espacial no exterior. “Todo mundo pesquisou muito, deu muito trabalho, mas valeu a pena”.

"Os prêmios conquistados mostram o potencial dos jovens brasileiros. Os alunos que participam de torneios de robótica ficam muito mais preparados para o mercado de trabalho, aprendem a lidar com projetos, a discutir, a falar, a trabalhar em equipe. Isso transforma a vida deles e é extremamente importante para a construção de um país com mais tecnologia e riqueza", avalia o diretor de operações do Sesi, Paulo Mol.

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